quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Relevância histórica dos anistiados é lembrada em sessão na Assembleia


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anistia

Foi realizada ontem (15) sessão pública em comemoração

aos 31 Anos de Anistia, na Assembléia Legislativa.

O evento foi uma realização da Comissão de

Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa e pela Associação

dos Anistiados Políticos de Goiás (Anigo). O evento, sob o comando

do deputado Mauro Rubem, presidente da Comissão, homenageou

personalidades que atuaram no Comitê Goiano pela Anistia.

Participaram o candidato ao Senado, Pedro Wilson, o jornalista

Pinheiro Salles; o presidente da Associação Goiana de Iprensa (AGI),

Valterli Guedes; Gláucia Maria Teodoro Reis, Assessora Especial da

Governadoria; Padre Geraldo Nascimento, da Casa da Juventude e

Élio Cabral de Souza presidente da Comissão dos Anistiados Políticos

do Estado de Goiás.

A sessão teve como objetivo resgatar a história dos que foram

perseguidos, torturados e mortos durante o período da ditadura militar.

"Queremos criar condições para superarmos este ranço e construirmos

um país justo e socialista", enfatizou Mauro Rubem. O candidato a senador

Pedro Wilson destacou a importância da preservação da memória, no que

diz respeito às atrocidades ocorridas no período ditatorial.

"Se não recuperarmos o passado, não vamos avançar para o futuro.

Temos de lembrar que a luta continua, quando se trata de anistia", enfatizou.

"Viva o Brasil! Viva a Liberdade! Viva o socialismo", saudou

brevemente e emocionado o jornalista Pinheiro Salles, autor do livro

A Ditadura Militar em Goiás - Depoimentos Para a História".

Em seguida, o presidente da Comissão de Anistiados de

Goiás, Élio Cabral de Souza lembrou que a anistia que

temos hoje "é fruto da pressão de movimentos liderados por

mulheres, nos comitês". Élio criticou o modelo de anistia

em vigor, que segundo ele, não é bom e disse que as

pessoas que lutaram estão igualadas aos

torturadores, também anistiados.

A defesa pela liberdade e igualdade, suprimida durante

o governo militar foi destacada como parte do processo

evolução para a democracia no País. O presidente da AGI

ponderou que, infelizmente, o sofrimento dos que lutaram

contra a ditadura é o reflexo da nossa evolução. Mesmo

após 25 anos do fim deste governo, ainda há reflexos da

conduta imposta por ele. "Precisamos nos atentar à tortura

que acontece ainda hoje, que é praticada pela Polícia contra

os marginalizados nas ruas, por exemplo", disse o

Padre Geraldo Nascimento.

Fonte: www.maurorubem.com.br

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