Foi realizada ontem (15) sessão pública em comemoração
aos 31 Anos de Anistia, na Assembléia Legislativa.
O evento foi uma realização da Comissão de
Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa e pela Associação
dos Anistiados Políticos de Goiás (Anigo). O evento, sob o comando
do deputado Mauro Rubem, presidente da Comissão, homenageou
personalidades que atuaram no Comitê Goiano pela Anistia.
Participaram o candidato ao Senado, Pedro Wilson, o jornalista
Pinheiro Salles; o presidente da Associação Goiana de Iprensa (AGI),
Valterli Guedes; Gláucia Maria Teodoro Reis, Assessora Especial da
Governadoria; Padre Geraldo Nascimento, da Casa da Juventude e
Élio Cabral de Souza presidente da Comissão dos Anistiados Políticos
do Estado de Goiás.
A sessão teve como objetivo resgatar a história dos que foram
perseguidos, torturados e mortos durante o período da ditadura militar.
"Queremos criar condições para superarmos este ranço e construirmos
um país justo e socialista", enfatizou Mauro Rubem. O candidato a senador
Pedro Wilson destacou a importância da preservação da memória, no que
diz respeito às atrocidades ocorridas no período ditatorial.
"Se não recuperarmos o passado, não vamos avançar para o futuro.
Temos de lembrar que a luta continua, quando se trata de anistia", enfatizou.
"Viva o Brasil! Viva a Liberdade! Viva o socialismo", saudou
brevemente e emocionado o jornalista Pinheiro Salles, autor do livro
A Ditadura Militar em Goiás - Depoimentos Para a História".
Em seguida, o presidente da Comissão de Anistiados de
Goiás, Élio Cabral de Souza lembrou que a anistia que
temos hoje "é fruto da pressão de movimentos liderados por
mulheres, nos comitês". Élio criticou o modelo de anistia
em vigor, que segundo ele, não é bom e disse que as
pessoas que lutaram estão igualadas aos
torturadores, também anistiados.
A defesa pela liberdade e igualdade, suprimida durante
o governo militar foi destacada como parte do processo
evolução para a democracia no País. O presidente da AGI
ponderou que, infelizmente, o sofrimento dos que lutaram
contra a ditadura é o reflexo da nossa evolução. Mesmo
após 25 anos do fim deste governo, ainda há reflexos da
conduta imposta por ele. "Precisamos nos atentar à tortura
que acontece ainda hoje, que é praticada pela Polícia contra
os marginalizados nas ruas, por exemplo", disse o
Padre Geraldo Nascimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário